segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sobre novos rumos e caminhos

Um dia acordei e foi como se um vento tivesse passado por mim e levantado a poeira toda, levado tudo para bem longe. Tudo o que era já não é mais, agora o que não era é. Uma sensação de estranhamento invadiu minha mente, fiquei um tempo ainda deitada, paralisada.

Acordar em um mundo que não é o seu é difícil. Ser lançada para fora da sua zona de conforto dá medo. Primeiro vem a ansiedade atrelada à mudança ocorrida, depois vem o momento em que estou, em que me acostumo à nova realidade. É como se eu tivesse passado um tempo grande em um lugar escuro e esteja vendo a luz novamente. Tem que abrir os olhos devagar para não doer. Um passo de cada vez.

Passo a passo aprendo a lidar com o novo, que invade minhas veias, meu corpo. Começo a fazer escolhas, a me arriscar um pouco, a experimentar mais. Já não estou encolhida ou tateando paredes no escuro, isso passou. Agora contemplo tudo, amplio horizontes. São muitas direções e caminhos e não saber por onde andar assusta. Certamente, outrora eu teria dado meia volta e escolhido um canto para sentar, encolhida, de olhos fechados.

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