segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Poesia da semana

     Resolvi que toda segunda feira me esforçarei para postar uma poesia diferente. Isso me ajudará a não deixar o blog às moscas e, também, me incentivará a ler mais poesia. Vou começar com a poesia que usei para dar nome ao blog. Peguei essa ideia do canal do youtube da Tati Feltrin, sou super fã dela! (Blog e Canal)

      Sim, sou muito previsível e era óbvio que essa poesia seria do Poe!

A Dream Within A Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow-
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.

I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand-
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream? 

sábado, 28 de setembro de 2013

Bad hair day?

   Eu nunca sei exatamente o que fazer com o meu cabelo, por conta disso ele sempre acaba ou em meio rabo ou em rabo de cavalo. Seguindo a ideia dada por uma amiga (obrigada, Ana!!) resolvi tentar inovar e o resultado ficou uma graça!

   Precisaremos de arame, miçangas de pérola de diversos tamanhos, grampos para cabelo e uma tesoura.






     Não demorei nem 15 minutos fazendo os grampinhos. Simples, rápidos e dão um charme doce e elegante ao seu penteado! Boa noite :)

 


domingo, 22 de setembro de 2013

Ossos do ofício


     Hoje o dia começou mal, de cara logo um óbito, que, apesar de esperado, mexeu um bocado não só comigo, mas também com minha colega de plantão. Não vou pedir para que um dia eu me acostume com isso, mas espero que com o passar do tempo eu aprenda a lidar melhor com a situação sem que, para isso, eu me torne fria.
     Três médicos, uma fisioterapeuta e alguns vários enfermeiros tentaram reanimar o doente. Deram o máximo de si, mesmo sabendo que provavelmente os esforços seriam em vão. É nessas horas que a gente se pega frustrado, tomado por um sentimento enorme de impotência, mas temos que ter em mente que não somos Deus, não dá para ter o controle de tudo, nem sempre conseguiremos contornar uma situação.
     Ainda sou acadêmica, não me julgo com experiência para falar muito sobre isso. Esse foi um dos primeiros de muitos episódios assim que virão. Acho que o que tenho que ter como objetivo, para ficar tranquila comigo mesma, é fazer tudo que está ao meu alcance pelo paciente.
     Lembrei de um poema que escrevi um dia, num intervalo durante o plantão.


Alarmes, apitos.
Ar condicionado.
Muito álcool nas mãos antes de por e depois de tirar as luvas!
Sem brincos, sem colar, sem relógio.
Sapatos fechados.
Pessoas enfermas, 
A maioria com máquinas fazendo com que permaneçam respirando.
Vivas.
Cheiro de doença impregnando minhas narinas.
Evoluo, examino, colho sangue, analiso.
Escrevo no prontuário.
O ciclo se repete.
Pacientes chegam, pacientes vão.
O que fica é o cheiro,
Comum a praticamente todos.
E os alarmes apitando.
                           -Mariana Carpilovsky, 30/06/2013
   

sábado, 21 de setembro de 2013

Conto outro conto...

             Mais um dos meus contos... :)



             Fechou o livro e colocou na prateleira. Parou uns instantes para ouvir a chuva, que caía desde o dia anterior. O barulho agudo da chaleira o interrompeu, correu para a cozinha, desligou o fogo. Que chá escolher? Ela gostava de erva-doce. Pegou o chá e, enquanto esperava esfriar um pouco, olhava para o vidro da janela, embaçado, com os caminhos das gotas de chuva desenhados. Quando criança costumava escolher duas gotas e apostar qual escorreria mais rápido.
    Detesto erva-doce, pensou, enquanto bebia. Na verdade não gostava de chá, mas estava frio e ele precisava de algo para esquentá-lo. Ele sabia que, no fundo, nada o esquentaria. Ela adorava chá, ela adorava chuva, adorava tomar chá em dias de chuva. Tinha uma coleção de xícaras e, ao longo do dia, fazia questão de exibir todas elas, lembrou. Seu coração ficou pequeno, sentiu um aperto, um nó na garganta, deixou uma lágrima escorrer. Não tinha importância chorar, ninguém estava lá para ver.
    Engraçado pensar que, um ano atrás, estavam os dois, um nos braços do outro, aconchegados no sofá em frente à lareira acesa, se aquecendo com o fogo e o chá, lembrando de histórias de quando as crianças eram pequenas, rindo. Hoje ele nem se deu ao trabalho de acender a lareira, a lenha estava lá, cortada, pegando umidade. Olhava para as fotografias expostas e para as 3 meias de natal penduradas, uma de cada criança. Ela sempre pendurava essas meias, mesmo depois de os filhos terem saído de casa. 
    A árvore de natal estava montada, com os enfeites de vidro, a estrela no topo, as luzes coloridas. Os presentes, embrulhados cuidadosamente em papel colorido, estavam na base, seus filhos e netos viriam na manhã seguinte. Subiu as escadas, foi a todos os quartos para saber se tinham sido arrumados para as visitas e retornou à cozinha. 
    Jogou fora o chá frio, lavou a xícara. Como é ruim lavar a louça no frio! Começou a arrumar a mesa para a ceia. Toalha vermelha, travessa com peru, as rabanadas, o salpicão, salada, arroz… Um  prato. Não, dois pratos, duas taças de vinho. Sentou-se, fez uma oração, se serviu. O relógio deu meia noite. Se as crianças estivessem aqui hoje ele diria que, agora sim, os presentes poderiam ser abertos.
    Levantou-se, foi até a árvore, ligou as luzes, procurou seu presente, não encontrou, não encontraria. Deu um suspiro e ficou observando as cores das luzes que batiam na parede. Cantou um pouco, bebeu vinho e continuou a olhar a árvore, procurando, ainda, seu presente. Foi até o armário da sala e foi retirando, uma por uma, as xícaras de sua esposa, as colocando debaixo da árvore. E a chuva continuava.

-Mariana Carpilovsky  


Boa tarde!!! :)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

“I'd rather take coffee than compliments just now.”

     Esse post é para quem tem Nespresso em casa. Acho que uma das primeiras coisas que fiz após ganhar a Nespresso U e o aeroccino 3 foi aprender como se faz aquele cafe latte com 3 camadas, é super fácil! Precisaremos de leite, uma xícara transparente (lógico!) de aproximadamente 110mL e, obviamente, uma cápsula de sua escolha!


     Depois de escolher a cápsula que você quer (eu usei o descafeinado intenso, por causa do horário... ainda planejo dormir hoje!), coloque o leite no aeroccino com a ferramenta que faz mais espuma. O segredo desse café é simplesmente colocar o leite antes na xícara, já com um pouco de espuma. Reservar o restante da espuma para colocar por cima do "buraco" que o café fez no leite. 

     É só isso!! Simples assim!! Ligue a máquina, deixe o café cair... Em instantes você verá as 3 camadas. Coloque o restante da espuma e confeite com canela, chocolate ou, como eu fiz, com estrelinhas, fica tão mais gostoso desse jeito!


     Seria ótimo se eu pudesse ter como acompanhamento um bom livro, mas, em vez disso, tenho muito o que estudar. Clínica cirúrgica me aguarda... Boa noite a todos! ;)




terça-feira, 17 de setembro de 2013

Conto um conto

Ultimamente tenho escrito alguns contos, não costumo gostar do que escrevo, mas resolvi me testar e coloca-los no facebook, recebi alguns elogios. Fiquei surpresa com o fato de que tem gente que gostou do que eu escrevi. Aí vai um deles.

Sobre retalhos  e borboletas:  
     A colcha era feita de retalhos coloridos, um presente de sua avó. Deitada na cama observava as diferentes estampas e lembrava das roupas às quais pertenciam cada retalho e das situações em que as usou. Podia passar dias e dias fazendo isso, era divertido.
     Enrolou-se nas cobertas e imaginou estar dentro de um casulo. Isso era confortável. Fechou os olhos e voltou sua atenção para si mesma, para a respiração, a pulsação e o sangue dentro dela. Sangue venenoso, pensou, se lembrando das manchas roxas em seu braço, no local onde, há algum tempo, juntamente com o sangue, esteve correndo soro e medicação. 
     Alcançou o espelho, que estava na mesinha perto da cama, junto com o almoço, que ela ainda não tinha comido. Seus cabelos tinham começado a crescer novamente, tufos de cabelos finos, claros e frágeis. Daqui a pouco não precisaria usar mais os lenços, gorros e chapéus. Sorriu com o canto da boca e guardou o espelho. 
     Espreguiçou-se, sentou e olhou para a comida. Aquilo a deixou enjoada. Queria alguém para conversar, estava sozinha e esquecida naquele quarto a semana toda. Desde que voltaram as aulas a casa ficou vazia. Os irmãos só chegariam pelas 17:30 e ainda era tão cedo. Suspirou. Queria poder ir para a escola. 
     Pegou o livro que estava lendo e abriu. "A entrevista com o vampiro". Anne Rice era a autora da vez. Um parágrafo, dois, três… Cansou. Antigamente era capaz de passar horas e horas imersa nesse mundo de letras e palavras, mas agora era tão exaustivo. Brincou com as páginas por uns minutos, passando as mãos pelas palavras. Fechou e abraçou o livro. 
      Puxando as cobertas para si, sentia muito frio, olhava pela janela, e lembrava do jardim lá fora. Era quase primavera, devia estar lindo, cheio de borboletas e botões de flores! Quem sabem me deixam passear mais tarde se eu estiver melhor? Pegou no sono, ainda abraçada com o livro. Enquanto isso, no jardim, numa árvore, bem próxima à janela do quarto, a primeira borboleta saía de seu casulo.
-Mariana Carpilovsky  




Nesses últimos meses aprendi que devemos celebrar mais a vida, sabem?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sobremesa Fruit Ninja

Essa semana decidi que seria uma semana "detox" pra mim. Nesses últimos meses deixei minha alimentação meio de lado. Comi muito mal, abusei dos doces, do café e de refrigerante. Decidi que não dava mais para ficar assim e, aproveitando que acabei de voltar de viagem, nova em folha, descansada, resolvi cortar os doces de durante a semana e o refrigerante também.

Segui bem até hoje, até que me veio uma vontade imensa de comer doces. Tentei me enganar com suco de melancia no almoço e funcionou temporariamente. Então resolvi testar uma receita light, com as frutas que tenho aqui em casa mesmo. Vamos aos ingredientes:


  1. Morangos cortados ao meio
  2. 4 fatias finas de abacaxi
  3. 1 banana prata
  4. 1 maçã (usei da verde)
  5. 1 carambola
  6. 1 Kiwi fatiado
  7. Açúcar mascavo para confeitar
  8. Papel alumínio


Depois de cortar as frutas, corte 4 pedaços de papel alumínio, grande o suficiente para fazermos uma trouxinha. Coloque uma fatia de abacaxi em cada folha e, depois, o restante das frutas picadas. Coloque açúcar por cima (ou qualquer outro tempero que goste, tipo canela, cravo etc).


Fechar as trouxinhas e assar em forno a fogo baixo por 20 minutos.


O cheiro é tão bom! 


Dá para servir quente (com sorvete de creme ficaria tão bom... eu mesma boicoto minha desintoxicação.. aiaiai) ou gelado. Se quiser tornar ainda mais light troque o açúcar por adoçante ou, melhor, não adicione nada! Nesse da foto eu coloquei canela. Ficou muito bom e muito leve. É uma sobremesa simples e rápida de se fazer!

Bon apetit!